Registros datados de 1790 narram o fim do ciclo do ouro na região denominada Arraial
de Ouro Fino, distrito de São Pedro, o que gerou o êxodo de garimpeiros em busca de
terras para a instalação de nova atividade, no caso a pecuária e a agricultura.
Essa corrida pela posse de boas terras iniciava a colonização da área localizada ao pé do Morro Pelado
e às margens do Rio das Pedras, local coberto por densa mata. Por volta de 1819, os
primeiros moradores instalaram-se na região, construindo suas moradias quem
comunicavam-se entre si por trilhas abertas na mata.
Esse primeiro núcleo populacional, o embrião que iria gerar Monte Sião, recebia sua
primeira denominação em 1823, Bairro do Eleotério.
Com a formação da capela de Nossa Senhora do Socorro e a demarcação de suas
divisas, grande parte das terras onde se localizava o Bairro do Eleotério passavam a essa
jurisdição eclesiástica, o que desagradaria em muito as autoridades da vizinha Freguesia
de São Francisco de Paula de Ouro Fino.
Com o desenvolvimento do Bairro do Eleotério, surgiam as primeiras lideranças
responsáveis pela manutenção da ordem, administração e do próprio crescimento daquele
povoado. Major Antônio Bernardes de Souza, tenente Joaquim Vaz de Lima, Francisco
Rodrigues da Costa e Francisco Nogueira Bastos foram os primeiros responsáveis pela
manutenção da ordem pública e administrativa.
O fazendeiro Major Antônio Bernardes de Souza, de 35 anos, destacava-se como uma das
principais lideranças da época.
O próprio Major encabeçou o movimento pela construção de uma capela no povoado,
apresentando como justificativa as frequentes enchentes do Rio Mogi que impediam os
fiéis de de se deslocarem a pé ou a cavalo, até a paróquia de Ouro Fino.